Fernanda Muylaert
Da Agência Brasil
Brasília – Desde 2002, o governo federal já investiu R$ 30 milhões no apoio à implementação de Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Capsad), unidades municipais de apoio a usuários de drogas. Apesar de financiar esses projetos, o Ministério da Saúde admite que o país nunca definiu uma linha para as políticas específicas para o álcool, o que só agora começa a acontecer. "Nossa intenção é discutir propostas que nos levem à criação dessas políticas", afirma a diretora de Prevenção e Tratamento da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Paulina Duarte.
Duarte foi uma das participantes da 1ª Conferência Pan-Americana de Políticas Públicas sobre o Álcool, realizada desde a última segunda-feira (28), em Brasília. Segundo ela, o Brasil tomou medidas importantes em prol da questão como a implementação da Câmara Especial de Políticas Públicas sobre o Álcool, criada em 2003. "Com essa câmara, representantes do governo, da sociedade civil, da comunidade científica e de organismos internacionais podem discutir o impacto do álcool na saúde e em outros aspectos da vida do brasileiro, como segurança, Previdência Social e educação".
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também está definindo normas de restrição das propagandas de álcool nos veículos de comunicação. "Esse é um passo que o Brasil vem dando e que já traz resultados", conclui Paulina Duarte.