Produtores apóiam controle do tabaco desde que não cause desemprego no campo

17/11/2005 - 15h33

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Produtores de tabaco e a indústria fumageira vão solicitar ao Executivo e ao Legislativo que ratifiquem a convenção-quadro da Organização Mundial do Comércio (OMC) para controle do tabaco sem a inclusão de qualquer medida que possa prejudicar os 2,4 milhões de brasileiros que dependem da fumicultura para sua sobrevivência.

A informação é do presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Fumo, Hainsi Gralow, depois de se reunir hoje (17) com representantes das diferentes entidades ligadas ao setor, pela manhã, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ele pede, portanto, que não sejam feitas concessões em prejuízo de uma atividade com uso intensivo de mão-de-obra.

Ele disse que mais de 100 países já assinaram a convenção-quadro de controle do tabaco na OMC, mas destacou que nenhum deles é o maior exportador mundial, como é o caso do Brasil, e "essa é a grande diferença". A grande maioria desses países não produz tabaco e "eles não têm nada a perder", afirmou.

O Brasil, de acordo com Gralow, é o maior exportador mundial e o segundo produtor, atrás apenas da China, que é o maior produtor e consumidor. Segundo ele, o Brasil produz em média de 850 mil a 900 mil toneladas/ano de folhas de fumo.