Rio, 17/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os petroleiros realizam, a partir de hoje, assembléias em vários estados para decidir se aprovam o indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) de aceitar a nova contraproposta da Petrobras. A proposta foi apresentada hoje à categoria. Segundo o coordenador da FUP, Hélio Seidel, as principais reivindicações foram atendidas e o movimento deve ser suspenso definitivamente.
"O resultado final só teremos na próxima semana, quando toda a categoria já tiver realizado suas assembléias, mas as primeiras informações que temos recebido dos sindicatos locais indicam que a proposta está sendo aprovada", afirmou Seidel.
Para ele, a questão salarial ficou "praticamente resolvida". A Petrobras ofereceu um reajuste total de 10,26% para os funcionários da ativa e de 6,08% para os aposentados. O coordenador da FUP também afirmou que a nova proposta avançou fundamentalmente na questão chave das reivindicações: a situação previdenciária, já que cerca de 10 mil empregados não têm o plano de aposentadoria da Petros (fundo de pensão da empresa).
"Conseguimos incluir no acordo coletivo uma cláusula que prevê um processo de negociação entre a empresa, a federação e seus sindicatos para buscar conjuntamente as soluções necessárias para o nosso fundo de pensão. A solução definitiva, sabemos que vai levar muito tempo, mas esse importante passo foi dado", disse ele.
Outras conquistas que Seidel ressaltou foram a definição do prazo de 120 dias para que a Petrobras apresente uma proposta relativa ao auxílio-medicamentos e o compromisso de dar prioridade ao enquadramento de trabalhadores que estão em áreas insalubres para fins de aposentadoria especial. "Esse processo estava parado na empresa" disse ele.
Foi uma campanha vitoriosa. A pauta era bem maior do que os resultados finais, mas as questões principais foram atingidas", concluiu.