Porto Alegre, 9/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os fiscais agropecuários federais do Rio Grande do Sul decidiram, em assembléia, manter a greve iniciada segunda-feira (7).

O coordenador da mobilização no estado, Antônio Ângelo do Amaral, disse que não há motivos para parar o movimento nacional, porque, até agora, a categoria não conseguiu nada de concreto. "Temos um documento no Ministério do Planejamento há mais de dois meses, sobre o qual não sabemos nem se foi analisado", afirmou.

Segundo o comando estadual de greve, no porto de Rio Grande, no litoral sul gaúcho, nenhum navio carregado com produtos de origem animal ou vegetal deixou o local desde o início da semana, por causa da paralisação dos 13 fiscais do Ministério da Agricultura que trabalham nos terminais.

"Pelo menos US$ 15 milhões em produtos já deixaram de ser movimentados", informou Antônio Ângelo, com base nos pedidos de liberação de mercadorias efetuados antes do início da paralisação por importadores e exportadores.

De acordo com a superintendência do porto, 40% dos produtos operados nos terminais dependem de autorização para embarque e desembarque. Somente num dos terminais são movimentados 1,5 mil contêineres de frango congelado por mês.

Os fiscais agropecuários federais atuam na inspeção de produtos de origem animal em empresas frigoríficas, portos e aeroportos, postos de fronteira e laboratórios da área animal e vegetal. Ontem (08) uma decisão da Justiça Federal determinou que a categoria mantenha suas atividades.