Marcos Chagas e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), divulgou agora há pouco nota à imprensa afirmando que, nos últimos dias, o empresário Sebastião Augusto Buani tem feito "pressão" sobre a direção da Casa para que a dívida que ele mantém com a instituição não seja executada e a licença para exploração de um restaurante no espaço do Congresso seja renovada.
O comunicado afirma ainda que o presidente da Câmara solicitou ao ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, providências para apurar "tentativa de extorsão". De acordo com a nota, o ministro já determinou à Polícia Federal que investigue o caso.
Severino diz que não vai prorrogar o prazo de licença da empresa Buani e Paulucci para administrar o restaurante do 10° andar do Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Segundo a nota, o contrato "terminará impreterivelmente no dia 14 de setembro".
A nota afirma ainda que Buani deve R$ 150 mil à Câmara e que a dívida será executada. "Frustrado em suas pretensões, (Buani) procurou revistas semanais para tentar vender histórias sem fundamento, entre as quais, a de que beneficiava o presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti, com pagamentos em dinheiro", diz a nota. No mesmo texto, Severino Cavalcanti afirma que o empresário "mente descaradamente para obter favores" e aproveita-se da situação com "denúncias sem fundamento".
Ainda segundo a nota, Sebastião Augusto Buani afirma ter em seu poder um documento assinado por Severino que lhe asseguraria cinco anos de contrato. "Tal documento não consta de qualquer processo da Câmara dos Deputados e não se sabe como foi obtido pelo sr. Buani. De qualquer maneira, não tem validade jurídica, já que os contratos da Casa são renovados anualmente".