Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio - A ministra da Educação e Valorização de Recursos Humanos de Cabo Verde, Filomena Martins, assinou hoje um acordo de intenções com o governo do Rio de Janeiro para a criação da primeira universidade pública naquele país africano. O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, Wanderley Pereira, disse que colocará à disposição "a experiência do Rio no ensino a distância e uso da ciência e tecnologia aplicada ao ensino superior, tanto de graduação como de pós-graduação e pesquisa".

O acordo tem como meta a formação de docentes, por meio de intercâmbio em mestrado e doutorado. Dos 300 professores de ensino superior de Cabo Verde, só 3% são doutores e 21% têm mestrado.

A ministra disse que, desde a independência do arquipélago em 1975, a educação básica progrediu muito e 95% das crianças em idade escolar freqüentam salas de aula. Ela explicou que "são 55 mil crianças e jovens estudando e que vão estar, em breve, precisando de nosso ensino superior, que precisa evoluir". Esclareceu que não existe universidade pública em Cabo Verde, apenas instituições particulares e com pouca infra-estrutura.

Cabo Verde é um arquipélago de 480 mil habitantes, que se tornou independente de Portugal em julho de 1975. A língua oficial é o português, mas quase todos os cabo-verdianos falam o crioulo. Apesar de ser um país de poucos recursos, apresenta indicadores demográficos e sociais muito favoráveis em relação a outras nações africanas.