Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A maior irregularidade constatada, desta vez, na Empresa de Correios e Telégrafos é a construção de um edifício na capital catarinense. O superfaturamento chegou a R$ 9,2 milhões nas obras do Centro Operacional e Administrativo da estatal em Florianópolis.
A irregularidade foi constada no segundo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a estatal, divulgado hoje (15). Inicialmente, a obra foi contratada em janeiro de 2001 para ser executada num prazo de 360 dias ao preço aproximado de R$ 21,2 milhões. O preço final da obra acabou saindo por R$1,14 bilhão, após várias prorrogações de prazo e cláusulas aditivas. De acordo com a CGU, a empresa contratada para realizar a obra, a Construtora Espaço Aberto Ltda., justificou o aumento no valor pela necessidade de resolver problemas técnicos.
Aos atrasos, multas, ações judiciais e a paralisação dos serviços foi assinado um acordo em novembro de 2004 para a retomada e conclusão da obra ao custo adicional de R$ 22,8 milhões. O novo orçamento foi analisado pelos auditores da CGU, que constataram que o valor ultrapassa em R$ 9,2 milhões o preço que deveria ser cobrado pela construtora utilizando-se os índices de correção previstos no contrato original. A CGU já recomendou aos Correios que atualize os preços observando o acordo inicial. O primeiro relatório da CGU apontava irregularidades de, pelo menos, R$ 54,6 milhões.