Programas de habitação não atendem população de baixa renda, avalia representante da marcha

15/08/2005 - 20h42

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os programas de habitação não atendem às necessidades da população de baixa renda. Essa foi uma das avaliações apresentadas hoje pelo coordenador executivo nacional do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Antônio José, ao ministro das Cidades, Márcio Fortes. A afirmação foi feita durante reunião com entidades que participam da Marcha Nacional da Reforma Urbana e pelo Direito à Cidade.

"O financiamento nos moldes em que é colocado hoje; nos critérios do Banco Central e de outros órgãos, não atende a essas pessoas. É necessária mudança. É necessário que haja uma política com mais recursos; com mais subsidio para que de fato essas pessoas sejam atendidas", disse Antônio José.

O movimento reivindica resposta do Ministério das Cidades sobre a demanda de 50 mil novas unidades habitacionais para famílias de baixa renda em 2005. "Esperamos que ainda neste ano seja atendida uma cota mínima de 50 mil unidades habitacionais para pessoas com renda de zero a três salários mínimos; e que sejam construídas e organizadas via os movimentos populares nacionais e organizados deste país, a partir do ano que vem, 100 mil unidades, no mínimo", pediu ele.

O Brasil tem mais de sete milhões de famílias sem casa e mais de 10 milhões de famílias morando de forma precária, em áreas carentes de infra-estrutura urbana e saneamento básico.

  • Saiba mais sobre a reforma urbana