Rio, 15/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo federal tentará evitar a aprovação do aumento do salário mínimo para R$ 384, proposto pelo Congresso Nacional. Segundo ela, o objetivo do governo é manter o valor de R$ 300. O tema, revelou, foi um dos tópicos tratados na manhã de hoje (15) durante reunião de coordenação política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma Rousseff participou de solenidade de entrega de prêmios da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e ressaltou que, em momentos de crise política como o atual é preciso manter compromisso com a racionalidade. "Não é muito racional um projeto de salário mínimo de R$ 384, por mais que a gente queira que o país tivesse um salário-mínimo de R$ 400 ou R$ 500. Não é a nossa vontade, mas é em função da capacidade fiscal do país", explicou.
A ministra disse ainda que "um salário de R$ 384 não é compatível com o realismo fiscal – não é tanto pelo governo federal, mas se você considerar estados e municípios, você tem uma situação de bastante dificuldade que é do conhecimento de todos".
Na reunião com Lula, pela manhã, também foi feita uma avaliação do projeto de transposição do Rio São Francisco. "Nós vamos ter uma reunião ainda nesta semana com os governadores dos estados beneficiados pelo programa", adiantou. Ela contou ainda que o governo federal deverá finalizar, ainda neste mês, o projeto da ferrovia Transnordestina, que ligará os estados do Pernambuco e Ceará. As obras estão paradas desde 1992 e sua retomada é uma das prioridades, dentro do programa de Parcerias Público-Privadas (PPPs).