Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – De janeiro a junho deste ano, o Banco do Brasil ofereceu R$ 1,6 bilhão de empréstimo com desconto direto em folha de pagamento – chamado de crédito consignado. Ao todo, o valor representa um crescimento de 146% nos últimos doze meses.
O crescimento do crédito consignado e de outras linhas de empréstimo seriam os responsáveis por grande parte do lucro de R$ 1,979 bilhão do banco, segundo o presidente da instituição, Rossano Maranhão Pinto.
Ele disse que a carteira de crédito do BB cresceu 20,7% em relação ao mesmo período de 2004. Do total, R$ 17,9 bilhões se referem a empréstimos pessoais. Segmento que cresceu 17,7% em 12 meses, e teve como principal modalidade de operação o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que atingiu R$ 11,6 bilhões em 8,4 milhões de contratos.
O presidente do banco adiantou que só no primeiro semestre foram contratados R$ 1,6 bilhão por meio do BB Crédito Consignação, e no encerramento de junho o banco tinha mais de 10 mil convênios com empregadores públicos e privados para utilização dessa modalidade de empréstimo. Os juros cobrados no empréstimo consignado ao salário (37,2% ao ano, em média, no mês de junho) caem à metade em relação aos juros pagos no crédito pessoal.
Outro segmento de crédito com "forte desempenho" no semestre foi o das micro e pequenas empresas, como ressaltou o gerente de Relações com Investidores, Marco Geovanne Tobias da Silva. Ele disse que o volume de crédito utilizado por esse segmento, no final de junho, chegou a R$ 13,6 bilhões, com aumento de 20,3% em relação ao R$ 11,3 bilhões no mesmo período do ano passado.
Segundo Marco Geovanne, a modalidade de crédito mais usada pelas micro e pequenas empresas no semestre foi a BB Giro Rápido, com volume de R$ 8,8 bilhões para 692 mil empresas, o que equivale a crescimento de 24,4% na comparação com janeiro-junho de 2004. O saldo de operações para Desconto de Cheques também cresceu 15,5%, conforme o gerente do BB, mas o maior incremento, de 66,3% e saldo de R$ 2 bilhões, foi para o Proger Urbano Empresarial, com vistas à geração de emprego e renda.
Colaborou Bruno Bocchini