Falsas auditoras da Receita têm sigilo bancário quebrado

10/08/2005 - 19h35

c Rio, 10/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O superintendente regional da Receita Federal no Rio, César Augusto Barbiero, informou, há pouco, que foi quebrado o sigilo bancário de Gilda Marta de Matos e Nívia Matos Bessa de Vasconcellos Correa, acusadas de extorquir dinheiro de empresas apresentando-se como auditoras fiscais.

As duas mulheres foram presas hoje em ação conjunta da Polícia Federal e da Receita. Segundo César Barbiero, o objetivo é tentar levantar quanto foi arrecado pelos golpes que vinham sendo aplicados desde 2001 em pelo menos dois estados: Rio de Janeiro e Paraná.

Na tarde de hoje, as acusadas prestaram depoimento na Polícia Federal, que está investigando se elas fariam parte de uma quadrilha. César Barbiero disse que o golpe utilizado é antigo e bastante comum, atingindo principalmente pequenos empresários. Ele aconselhou as pessoas chantageadas a denunciar o golpe e a desconfiar de procedimentos suspeitos, que costumam ser adotados por esse tipo de estelionatário.

"Quando as pessoas receberem um documento supostamente da Receita Federal, chamado Mandado de Procedimento Fiscal, ele deverá vir com um código que poderá ser checado pela internet (através do endereço eletrônico da Receita) para ver se é verdadeiro. Ao chegar à empresa, o auditor também é obrigado a apresentar esse documento". Segundo Barbiero, outra dica é que a Receita não entra em contato através de e-mail ou fax, somente por correspondências oficiais.