Ministro diz confiar que em 2006 mais pesquisadores trabalharão em empresas privadas

02/08/2005 - 20h58

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, disse estar confiante de que 2006 será o ano em que pesquisadores trabalharão em empresas privadas com maior representatividade e que isso trará mais competitividade ao setor. Ao participar da abertura do Fórum do Desenvolvimento Empresarial para o Século 21, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rezende disse que a Lei de Inovação, aprovada no ano passado no Congresso Nacional, será responsável por mais investimentos em pesquisa nas universidades, por maior presença de cientistas trabalhando para empresas e por maior conscientização do empresariado, de que inovação gera competitividade.

"Isso é uma novidade que certamente vai fazer a diferença nas empresas que perceberem que, com inovação, ganham competitividade. A partir daí, as próprias empresas vão investir por conta própria", observou o ministro, que reconheceu a participação majoritária, quase exclusiva do governo, no financiamento da pesquisa no Brasil. Ele, no entanto, eximiu de culpa o empresariado: "Não há a cultura, por razões históricas, de as empresas brasileiras fazerem pesquisa, desenvolvimento e inovação", ressaltou, ao lembrar que as fábricas brasileiras foram fechadas pelo governo português no século 18 e ressurgiram no século 19, em setores tradicionais.

"A própria atividade de pesquisa nas universidades brasileiras é muito recente, começou há 40 anos. Estamos num processo natural, em que a pesquisa cresceu nas universidades, ganhou dimensão, e no estágio de fazer com que essa pesquisa chegue às empresas", finalizou Rezende.