Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - Depois de 25 anos sem investimentos públicos e funcionando de forma precária, o Porto de Niterói está recebendo agora incentivos que permitirão a retomada das atividades. Hoje (2) o presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Antônio Carlos Soares Lima, assinou com as empresas Nitshore e Nitport os contratos de arrendamento dos novos terminais de carga geral, granéis e para manutenção de embarcações e plataformas de petróleo.

As duas empresas vão investir R$ 18 milhões nas obras de infra-estrutura dos terminais que, segundo o presidente da Docas, estarão em operação nos próximos sete meses. "Estamos resgatando a capacidade do Porto de Niterói e com isso vamos criar mais de 400 empregos diretos e 1.800 indiretos", afirmou Lima.

Também hoje, em parceria com o governo do estado do Rio de Janeiro, a Companhia Docas deu início à dragagem do cais do Porto de Niterói. As obras, que devem durar de quatro a seis meses, vão aumentar a profundidade para até 7 metros, permitindo a atracação de grandes embarcações. A previsão é de que sejam retirados 400 mil metros cúbicos de lodo, além de restos de navios abandonados.

As obras de dragagem vão se estender ao Porto do Rio de Janeiro, onde a profundidade do canal de acesso e dos dois terminais de contêineres será ampliada de 11 metros para até 13,3 metros. Serão dragados um milhão de metros cúbicos de areia e lodo, também no prazo de quatro a seis meses. Nas duas operações, a Companhia Docas está investindo R$ 6,2 milhões. O governo do estado concedeu a licença ambiental para as obras.