Saúde quer vacinar 17,3 milhões contra a paralisia infantil

10/06/2005 - 10h04

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Vacinar 17,3 milhões de crianças menores de cinco anos é a meta este ano do Ministério da Saúde para a campanha de vacinação contra a poliomielite, causadora da paralisia infantil. Neste sábado, dia 11 de junho, estados e municípios em todo o país participam da primeira etapa da campanha, cujo slogan é "Vence mais uma, Brasil", uma associação às vitórias que o Brasil já conquistou no futebol e nas vacinações em massa.

Neste ano, a luta contra a poliomielite no Brasil completa 25 anos. O último caso da doença foi registrado no país em 1989 e em 1994 o continente americano recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de erradicação da doença.

Mesmo assim, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Luiza de Marilac Barbosa, explica que é necessário tomar a vacina, já que a doença não foi erradicada na África, no Sudeste da Ásia e no Mediterrâneo Oriental. "É importante continuar a vacinação uma vez que a doença ocorre em outras partes do mundo como no continente africano, na Ásia e nós temos que garantir que o país fique livre dessa doença continuando a vacinação".

Este ano serão investidos na primeira etapa da campanha R$ 28,8 milhões, utilizados na compra de 27,9 milhões de doses da vacina Sabin, na operacionalização da campanha e em publicidade. Para vacinar todas as crianças, 117 mil equipes formadas por servidores e voluntários trabalharão de 8h às 17h nos postos de todo o país.

A campanha publicitária escolhida para 2005 é inspirada no futebol e associa o êxito da estratégia de vacinação ao esforço da população brasileira. Nas peças publicitárias, crianças uniformizadas com o tema da campanha convocam todas as crianças menores de cinco anos para se vacinar.

Cerca de 39 mil automóveis e 2,5 mil barcos farão o transporte das equipes de vacinação em todo o país e também em ares de difícil acesso, como os municípios da região Amazônica. As campanhas de vacinação brasileiras são consideradas as maiores mobilizações em saúde pública do mundo.