Racionamento de gás industrial e termelétricas só começaria em 2 semanas, afirma Dilma

10/06/2005 - 18h07

Elisângela Cordeiro
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O consumo de gás natural para geração de energia nas termelétricas e o uso industrial seriam as duas primeiras áreas a sofrer racionamento. A medida, no entanto, só deve ser tomada se a interrupção do gasoduto Brasil-Bolívia permanecer pelas próximas duas semanas. As informações foram passadas pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, em reunião com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "No horizonte em que nós estamos trabalhando, com cenário médio, achamos que ainda temos condição de contornar este problema por mais de duas semanas", afirmou depois, em conversa com jornalistas.

Dilma garantiu que o ministério está preparando um plano de contingenciamento. Nesta primeira etapa, analisa quais setores podem substituir o gás natural por outros combustíveis, se necessário. "Trabalhamos para assegurar que haja mecanismos em que nós adiemos ao máximo essa possibilidade, por motivo muito simples, a nossa avaliação é que haja um desenlace (da crise) súbito e quanto mais tempo nós tivermos de manejo é mais provável que não haja nenhuma conseqüência para o mercado interno brasileiro", ressaltou.

Manifestantes bolivianos, que cobram a nacionalização do gás, bloqueiam estradas e a produção e transporte do insumo pelo Gasoduto Brasil-Bolívia.