Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) não acredita que haverá acordo a escolha do presidente e relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará denúncias de corrupção na Empresa de Correios e Telégrafos. "Acredito que vá para o voto e a vitória vai para o governo", disse.
Os partidos de oposição (PSDB, PFL e PDT) indicaram o nome do senador César Borges (PFL-BA) para relatoria da comissão, enquanto a base aliada apresentou o nome do deputado Osmar Cerraglio (PMDB-PR). Como não houve acordo, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) – que preside temporariamente a comissão – adiou a próxima reunião para a próxima terça-feira.
Se na próxima semana, permanecer o impasse, Peres terá de colocar a presidência em votação. Dos 32 membros da CPMI, a maioria, 19, são filiados a partidos da base governistas.
Para a presidência da CPMI, a base do governo indicou o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Caso percam essa cadeira, afirmam que o senador da oposição Edison Lobão (PFL-MA), seria um bom nome da oposição para ocupar o cargo.
O senador Tião Viana (PT-AC) disse que a base aceita um nome da oposição desde que preencha os requisitos da imparcialidade e seja equilibrado. "O governo está aberto para indicações da oposição, desde que não seja um nome que busque factóide."
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), questionado sobre a quebra de sigilos fiscal e telefônico dos acusados, afirmou que "qualquer coisa que colaborar para o aprofundamento da investigação, que ajude a dar respostas à sociedade, será bom para o Brasil".
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