Investigações da CGU podem ajudar CPI dos Correios

10/06/2005 - 17h18

Juliana Andrade e Marcela Rebelo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - A Controladoria-Geral da União poderá contribuir com os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar denúncias de irregularidades na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A avaliação foi feita pelo ministro Waldir Pires, da Controladoria-Geral da União (CGU), durante o encerramento do 4º Fórum Global de Combate à Corrupção.

A CGU iniciou auditoria em 600 contratos e 400 processos licitatórios realizados pelos Correios."Os trabalhos da auditoria, que chegaram primeiro, podem ser até muito úteis à CPI", afirmou Waldir Pires. Os auditores têm 60 dias, contados a partir de 20 de maio, para concluir os trabalhos.

Para o ministro, a CPI é um instrumento "extremamente útil". "Quando ela pratica uma ação de interesse da sociedade, é um grande instrumento do parlamento". Segundo Waldir Pires, o governo não apoiou a criação da comissão logo após o surgimento das denúncias porque "adotou todas as medidas para apurar administrativamente e, inclusive, chegar a conclusões provavelmente mais rápidas".

Segundo o ministro, o governo Lula tem adotado todas as medidas para combater e prevenir a corrupção. "É um combate permanente que temos de travar. Esse combate significa, sobretudo, ter transparência, políticas de prevenção, e é isso que o governo Lula tem feito sem parar. São coisas que nunca foram feitas anteriormente e estamos fazendo", frisou.

Entre as medidas, o controlador-geral citou a criação do Portal da Transparência, por meio do qual o governo divulga a relação de todos os recursos federais repassados a estados e municípios, e o Programa de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos. Segundo Waldir Pires, os participantes do 4º Fórum Global de Combate à Corrupção elogiaram as ações do governo brasileiro.

O Fórum reuniu, durante quatro dias, cerca de 1,8 mil representantes de 103 países. A próxima edição do evento será realizada na África do Sul, em 2007.