Brasília - O tratamento experimental com células-tronco de pacientes com doenças cardíacas graves começa efetivamente hoje no Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras (INCL), no Rio de Janeiro, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, e no Hospital Santa Isabel, em Salvador. O estudo, patrocinado pelo Ministério da Saúde, envolve 33 instituições hospitalares em nove estados e no Distrito Federal.
Hoje, na sede do INCL, no Rio, os ministros da Saúde, Humberto Costa, e da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, vão visitar dois pacientes que se submeteram ao tratamento. Na ocasião, lançam oito editais para financiamento de pesquisas em saúde.
Ao todo, 1.200 voluntários foram selecionados para participar da pesquisa. Destes, 600 receberão tratamento convencional e o restante (600) tratamento convencional e com células-tronco em um dos 33 centros envolvidos no estudo. O objetivo do trabalho é comprovar a eficácia da terapia empregada e verificar a viabilidade de substituição dos tratamentos cardíacos tradicionais pelo tratamento com células-tronco.
A pesquisa desenvolvida pelo Brasil (Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias) é considerada a maior já realizada no mundo com células-tronco para a cura de doenças cardíacas graves, como infarto agudo do miocárdio, doença coronariana crônica, cardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca decorrente do Mal de Chagas.