Greve do INSS em São Paulo completa 7 dias

10/06/2005 - 17h50

Melina Fernandes
Da Agência Brasil

São Paulo – A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completou sete dias. A paralisação no interior de São Paulo caiu de 46% para 45% porque uma das agências voltou a funcionar. Na capital, a adesão continua em 96% e na Grande São Paulo em 61,5%, segundo a Superintendência do INSS em São Paulo. O índice de paralisação no estado também caiu de 55% para 54,6%.

Os grevistas, entretanto, contestam esses números. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência (Sinsprev) afirma que a greve atingiu 70% das agências do estado e 95% das unidades da capital e Grande São Paulo. Os sindicalistas pretendem ir a Osasco e cidades do interior para tentar ampliar a greve.

De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores e Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev) e também da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Miraci Mendes Astun, representantes do sindicato reuniram-se com o superintendente do INSS em São Paulo para discutir os próximos passos da negociação. "Ele colocou para a gente as limitações dele, já que as negociações devem ser feitas em âmbito nacional, e se prontificou a fazer um documento para o ministro (da Previdência Social, Romero Jucá) pedindo abertura de negociação".

O Comando Nacional de Greve do sindicato esteve reunido também na quinta-feira com o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), para discutir as reivindicações da categoria protocolada nos respectivos ministérios. "Nós levamos o problema da categoria e ele ficou de levar isso ao presidente Lula", disse Miraci Mendes.

Os previdenciários reivindicam uma reposição salarial emergencial de 18%, a adoção do plano de carreira negociado a partir do ano passado e a contratação de 5 mil servidores por meio de concurso público.