Fórum recomenda cooperação dos países para extraditar corruptos

10/06/2005 - 11h17

Juliana Andrade e Marcela Rebelo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Os governos não devem acolher servidores corruptos, assim como os ativos provenientes da corrupção, e precisam promover a cooperação em processos de extradição. A recomendação está contida no documento divulgado no encerramento do 4º Fórum Global de Combate à Corrupção.

Os chefes de delegação que participaram do encontro também renovaram o compromisso de dar seguimento ao objetivo comum de prevenir e combater o problema. No texto, eles reconhecem que "a corrupção é um problema complexo de ordem econômica, política e scoial, impõe ameaças à democracia, ao crescimento econômico e à aplicação da Lei, além de produzir repercussões destrutivas em todas as esferas de nossa sociedade".

Os signatários do documento reafirmam também o compromisso com a implementação efetiva das convenções internacionais anti-corrupção. Em particular, eles reconhecem a importância de que a Convenção das Nações contra a Corrupção seja assinada e ratificada.

O Brasil aderiu à convenção em 2003 e o Congresso ratificou o acordo em maio deste ano. O acordo reflete o consenso de mais de 120 países sobre a necessidade de um sistema legal de âmbito global para enfrentar a corrupção. Para que o acordo entre em vigor, deve ser ratificado por 30 países. Até agora, 26 já confirmaram sua adesão.

Ao encerrar o fórum, o ministro da Controladoria Geral da União, Waldir Pires, anunciou que o próximo encontro será na África do Sul, em 2007.