Christiane Peres
Da Agência Brasil
Brasília – A greve dos servidores públicos federais não tem data para terminar. De acordo com o diretor da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) João Torquato dos Santos, o fim da paralisação vai depender de uma proposta concreta do governo e das negociações com os trabalhadores.
O Comando Nacional de Greve entregou ontem a pauta de reivindicações ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE). "Além da pauta, mostramos ao deputado Severino que o governo não quer negociar e sim punir os trabalhadores com o corte do ponto", disse Torquato. Segundo ele, o presidente da Câmara se dispôs a conversar com presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dar uma resposta a Fenasps no início da próxima semana. "Na reunião, ele disse que o papel da Câmara é o de ser porta-voz das reivindicações da sociedade em relação ao governo e colocou seu gabinete a disposição para o que for necessário", afirmou.
Entre as reivindicações dos servidores estão 18% de reajuste salarial, reestruturação de carreira, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, concurso público e melhores condições de trabalho.
Cerca de 80% dos 340 mil trabalhadores dos ministérios da Saúde, Trabalho, previdência, além do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) estão paralisados. De acordo com o último balanço do Ministério da Previdência Social, das 1.107 agências do país, 309 paralisaram o atendimento ao público, o que representa 27,91% do total.
Os serviços mais procurados pelos segurados nas Agências da Previdência Social podem ser encontrados na Internet. Assim, não é preciso sair de casa para solicitar, por exemplo, inscrição de contribuinte, salário-maternidade, auxílio-doença, pensão por morte ou Certidão Negativa de Débitos (CND).
Para solicitar o benefício ou serviço desejado, basta acessar o site do Ministério da Previdência Social (www.previdencia.gov.br).