Lucas Parente
Da Agência Brasil
Brasília – "A Justiça paraense está à vontade para continuar a conivência e a aliança com grileiros e madeireiros da frágil floresta amazônica", disse a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a respeito da não federalização do crime de assassinato de Dorothy Stang.
Em nota oficial divulgada hoje, a CPT chamou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de "lamentável e terrível". Foi, segundo a comissão, "um reforço ao corporativismo do Judiciário e do Ministério Público, que vinham fazendo forte pressão contra a federalização".
O STJ negou, por unanimidade, no último dia 8, o pedido do Procurador Geral da República, Cláudio Fontelles, de transferir para o âmbito federal o processo referente ao assassinato da missionária americana Dorothy Stang, em fevereiro passado na cidade de Anapu, no Pará. "O STJ perdeu a credibilidade e se mostrou insensível aos lavradores", manifestou a CPT.