Porto Alegre, 03/06/2005 (Agência Brasil - ABr) - O superintendente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Rio Grande do Sul, Delmar Joel Eich, disse que somente 17 das 101 agências da instituição existentes no estado pararam hoje. Mesmo assim, essas agências realizaram trabalhos internos, como desbloqueio de benefícios e orientação aos segurados, afirmou.
De acordo com Eich, o maior índice de paralisação foi em Porto Alegre, que tem sete agências do INSS. Segundo ele, a adesão foi de 50,22% dos servidores. Na região metropolitana, a paralisação também foi pequena, disse.
Joel Eich lembrou que "grande parte dos servidores do INSS recebeu, no salário de maio, 11,07% relativos à penúltima parcela de um acordo feito em 2003, de um plano de cargos e salários, que incide sobre a remuneração básica dos servidor". Segundo ele, em dezembro, será paga a última parcela desse acordo, que é de mais 11,07%.
Eich destacou que várias reivindicações da pauta dos servidores vêm sendo atendidas. Sobre concursos públicos,disse que houve um em 2003 e outro neste ano, que ainda está em fase de nomeação dos médicos peritos. Ele acrescentou que foi solicitada a nomeação de 50% dos aprovados neste ano. Além disso, um pedido para realização de novo concurso, no segundo semestre deste ano, foi encaminhado ao Ministério do Planejamento. "A única questão que falta resolver é a que envolve a reposição salarial", concluiu Eich.
O presidente do Sindicato dos Previdenciários (Sinduisprev/RS), Giuseppi Finco, entretanto, disse que a paralisação em Porto Alegre foi "total". De acordo com Finco, funcionaram apenas as perícias médicas. "Eu só não arrisco uma percentagem no interior porque ainda estamos na fase de consolidação da greve. Estamos recolhendo informações, mas sabemos que, em Cachoeira do Sul e Jaguarão, foi total. Em Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, foi parcial", afirmou.
De acordo com Giuseppe Finco, muitas cidades, como Bagé, por exemplo, só vão começar a greve segunda-feira (6). "E aí, parando Bagé, o pessoal de Pelotas e de Rio Grande pára também", ressaltou Finco.