Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão Política do PCdoB, nove deputados e dois ministros do partido aprovaram hoje (3) o manifesto "Defender o governo Lula da ofensiva eleitoreira da oposição". No documento, eles afirmam que vão atuar para impedir a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios e combater a atuação dos partidos oposicionistas. "É imperativo que as forças progressistas e populares se mobilizem e combatam esta ofensiva que a oposição conservadora empreende contra o governo democrático do presidente Lula. Este governo é uma das grandes conquistas das lutas do povo brasileiro", diz o manifesto.
O documento diz que a oposição, liderada pelo PFL e pelo PSDB, quer instalar a CPI para antecipar o debate sobre as eleições presidenciais de 2006. "Na verdade, suas motivações são outras. O que ela pretende é manipular politicamente a CPI e instaurar precipitadamente a sucessão presidencial. Desta maneira ela imagina imobilizar o governo, impedindo-o de dar seqüência à sua agenda de realizações".
Em outro trecho, o documento do PCdoB afirma que a oposição, a pretexto de combater a corrupção, "recrudesceu nas últimas semanas seus ataques ao governo Lula" e com o apoio de setores da imprensa "dissemina, artificialmente, a imagem de um governo fracassado e conivente com a roubalheira". O manifesto diz, ainda, que a ofensiva dos partidos de oposição "revela a ira do reacionarismo da elite brasileira contra o governo democrático do presidente Lula e o grau de agressividade de que a oposição é capaz para tentar retornar ao Palácio do Planalto".
Os dirigentes do PCdoB afirmam ainda que a base de apoio político do governo precisa ser reconstruída e defendem a apuração das denúncias de corrupção nos Correios.
O manifesto foi aprovado pela Comissão Política Nacional do partido, que é composta de dirigentes e lideranças estaduais, pelos deputados federais, Executiva Nacional e também pelos ministros do partido, Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Agnelo Queiroz (Esportes). Eles se reuniram nos últimos dois dias, em Brasília, para fazer uma avaliação do momento político atual.