Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Previdência Social, Romero Jucá, fez um apelo aos funcionários do setor que entraram em greve nessa quinta-feira (2). "Eu faço um apelo para que os funcionários efetivamente voltem ao trabalho. O recado já está entendido. Eu corroboro com o anseio dos servidores da Previdência de melhorar a situação. Mas o governo tem limitações que estão sendo colocada em prática, com prioridade no caso da Previdência", afirmou.
Jucá acrescentou, no entanto, que a paralisação é parcial. De acordo com informações da diretoria de Recursos Humanos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), trabalhadores de 12 estados não participam da greve. "A questão da greve é algo das grandes cidades", disse o ministro.
Movimento semelhante foi feito pelos funcionários do INSS em 2003. Naquele ano, o governo e os grevistas negociaram um aumento de 22%. Cerca de 11% deste acréscimo foi repassado em maio deste ano. Já a outra metade deve ser concedida até dezembro.
O ministro garantiu que não há como dar um aumento maior do que os 22%. "Não há como dar um aumento maior do que este. O orçamento não tem condição. Nós já contratamos mais de 900 servidores e 1.500 médicos peritos este ano. O incremento da folha salarial dos servidores será de 22% até dezembro, portanto um valor bem maior do que qualquer tipo de correção de inflação e maior que o aumento real do salário mínimo", argumentou.
No entanto, Jucá ressaltou que o ministério negocia uma gratificação de desempenho para os servidores administrativos e peritos. "Este bônus será dado dentro de um processo de avaliação de desempenho. Mas só a partir de janeiro do próximo ano", acrescentou.
De acordo com o diretor de Operações da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Sandro de Oliveira, a paralisação dos servidores da Previdência atinge cerca de 70% da categoria.
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DFM