Aumenta adesão à greve dos servidores públicos no Rio

03/06/2005 - 13h05

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - No segundo dia da greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aumentou a adesão no Rio de Janeiro. Na capital, quase 90% dos postos não abriram, enquanto no interior dez das 66 agências aderiram à paralisação por tempo indeterminado.

O comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindisprev-RJ) está percorrendo os postos e informou que as agências da Vila da Penha, Ilha do Governador, Ramos, Padre Miguel e Nova Iguaçu, que ontem funcionaram normalmente, não abriram as portas sequer para atender as perícias médicas previamente agendadas.

"Os servidores estão se conscientizando aos poucos da importância da greve, que é o nosso grito de socorro, tanto para nossos salários, que estão defasados, quanto para as péssimas condições de trabalho. A partir da próxima semana, a adesão ao movimento deve se intensificar", destacou a sindicalista Janira Rocha.

O superintendente do INSS no Rio, André Ilha, disse que a greve atinge 50% das agências da capital e menos de 10% do interior do estado. Segundo ele, mesmo nas agências fechadas, as perícias médicas estão sendo realizadas, pois os médicos peritos não aderiram ao movimento.

"Infelizmente a greve já está causando transtornos à população, mas aqueles segurados que agendaram perícia médica devem ir às agências. Já os que desejam dar entrada em novos pedidos de benefícios ou verificar o andamento de processos podem fazer isso pela internet, no endereço www.inss.gov.br ou pelo telefone 0800.780191", afirmou.

Os trabalhadores reivindicam uma nova tabela salarial a partir da incorporação da integralidade do Plano de Cargos e Salários, a incorporação de todas as gratificações e a complementação do salário mínimo. Eles também querem que o piso salarial seja o valor do salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Economia e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) - em torno de R$ 1.500,00 - e que a diferença de remuneração entre as carreiras seja de 5%.