Rio, 10/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os servidores da área da Cultura, em greve desde o dia 4 de abril, realizaram hoje mais uma assembléia para avaliar a paralisação, em frente ao Palácio Capanema, sede do ministério na cidade. A categoria reivindica a aprovação do projeto de reajuste salarial que já foi encaminhado para aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Durante a assembléia, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, deixou o Palácio Gustavo Capanema, sede do ministério na cidade, e parou para falar com os servidores, a quem prometeu uma conversa mais demorada na volta. Nessa conversa, explicou que o projeto pode ser melhorado e que terá uma reunião nos próximos dias com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para tratar da questão.

Na última sexta-feira, o Ministério do Planejamento apresentou proposta que prevê aumento de 76,34% na remuneração total dos servidores de nível superior; de 55,15% para o nível intermediário e de 49,46% para o pessoal de nível auxiliar do Ministério da Cultura. Isso significa R$ 1.550 a mais no contracheque dos servidores de nível superior; mais R$ 750 para o nível intermediário e R$ 505 para o nível auxiliar.

O governo se comprometeu a enviar ao Congresso Nacional, até o dia 30 de junho, projeto de lei com os termos da proposta apresentada aos servidores. Os efeitos financeiros passarão a valer em janeiro de 2006 e o impacto na folha de pagamentos da União será de R$ 60 milhões.

Os servidores da Cultura reivindicam que a entrada em vigor da proposta de recomposição salarial seja antecipada para este ano. A categoria já marcou nova assembléia para as 11h de quinta-feira (12), mais uma vez em frente ao Palácio Gustavo Capanema.