Ministro argentino deve ser o primeiro coordenador da Petrosul

10/05/2005 - 21h26

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – A ministra de Minas e Energia brasileira, Dilma Roussef, informou hoje (10) que o ministro argentino do Planejamento Julio De Vido deve ser o primeiro coordenador do Petrosul. A ministra acrescentou que a escolha foi definida por ordem alfabética dos países, o que significa que a coordenação será assumida na seqüência pelo Brasil e, posteriormente, pela Venezuela. Dilma ressaltou, no entanto, que essa ainda não é uma definição formal.

De acordo com as explicações, o coordenador terá uma estrutura executiva e os demais países farão o suporte administrativo. "Essa iniciativa de caráter político pode ensejar parcerias privadas, como joint-ventures e projetos comuns como os existentes entre a Petrobrás e a PDVSA, estatal da Venezuela", admitiu Rousseff.

A ministra destacou que a medida é um passo a mais na integração sul-americana. "Primeiro é uma auto-consciência enorme de que somos um todo", disse. "Isso pode ensejar inclusive que o gás descoberto eventualmente na Venezuela seja comercializado em parte no Brasil. Enfim, você começa a olhar a estrutura energética com olho de integração e não com o olho exclusivo do seu país".

O anúncio da criação da Petrosul foi feito pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. De acordo com ele, os últimos detalhes para a criação da Petrosul foram acertados no jantar oferecido segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Granja do Torto, o qual também contou com a presença do presidente argentino Néstor Kirchner.