Fábio Calvetti e Paulo Montoia
Da Agência Brasil
São Paulo - O ministro José Fritsch, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, disse que não houve confirmação quanto à contaminação de salmões importados do Chile com a doença difilobotríase e que, em sua opinião, tudo pode ter sido uma "armação internacional" para prejudicar o Chile, maior exportador mundial do produto.
Segundo o ministro, os dados estatísticos da doença são "insignificantes" e não justificavam a repercussão dada. Na abertura da feira e congresso Seafood Expo Latin America, maior evento anual do setor, no Expo Center Norte, ele acrescentou que "gostaria de aproveitar a oportunidade para manifestar minha indignação por conta do que aconteceu com a questão do salmão".
E destacou a incidência de apenas 27 casos num público consumidor estimado em 1 milhão de pessoas na Grande São Paulo. "Eu não aceito o que se fez, porque na verdade prejudicou o setor de restaurantes e prejudicou também em nível internacional um dos parceiros brasileiros, que é o Chile".
O ministro destacou a importância de não ter sido encontrada nenhuma amostra de salmão contaminado nos exames realizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E reiterou que os interessados em provocar alarme seriam de outros países. "Isso reafirma que a minha tese é a mais correta, de que o salmão na verdade pagou a conta (...), porque no Brasil nós não temos concorrente que possa estar prejudicando o interesse nacional, porque não produzimos salmão no litoral brasileiro".