Nova legislação sobre gás na Bolívia desestimula investimentos, avalia ministra

10/05/2005 - 19h42

Rio, 10/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - A nova lei do governo da Bolívia que estabelece tributação sobre as companhias estrangeiras que exploram gás naquele país "desestimula profundamente os investimentos". A avaliação é da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, após participar do XVII Fórum Nacional, na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Além do gás adquirido da Bolívia, as relações do Brasil com o país incluem, segundo a ministra, projetos como a perspectiva de parceria no pólo gás-químico e a participação conjunta com a Argentina em um gasoduto. "Agora todos esses projetos estão recuados, porque com o quadro dado pela lei, de cada US$ 1, quase 50% ficam com a Bolívia e o restante fica para o investidor, o que torna o preço do gás ou muito alto ou inexeqüível", acrescentou.

Sobre a nova legislação baixada pelo governo boliviano, Dilma Rousseff afirmou que "nós não temos como avaliar o que vai acontecer. O governo brasileiro já fez todas as gestões no sentido de sinalizar isso. Você tem que ter cuidado, porque chega a um nível de oneração que torna o investimento inviável ou mesmo paralisa a iniciativa. O governo tem clareza de que é uma situação muito difícil na área do gás".