Entidade comercial ensina a empresários como se aproximar do mercado árabe

10/05/2005 - 11h34

Luthianna Hollenbach
Da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Antonio Sarkis, disse hoje à Rádio Nacional estar muito esperançoso em relação à aproximação política, cultural e econômica entre o Brasil e os países árabes. Mas observou que esse movimento já poderia ter ocorrido há mais tempo. "O Brasil, nos últimos anos, tem descoberto e partido em busca de outros mercados, e o marcado árabe é potencialmente grande", disse.

Segundo Sarkis, o Brasil está se tornando um grande fornecedor de produtos do agronegócio e que tem muito a oferecer para os árabes. "Eles importam do Brasil muito açúcar, muita carne de frango, carne bovina, minério de ferro, soja, café, manufaturados. Já estamos vendendo veículos de vários usos, auto-peças, calçados, vestuários, materiais de construção, quer dizer, a lista de produtos que eles têm condições de comprar é bem grande".

Na opinião de Sarkis, os dois lados não tiveram uma troca de experiências antes por uma característica do mercado árabe. "Eles gostam de ser visitados, não saem muito atrás do fornecedor, é o fornecedor quem tem de visitar. E esse tem sido o trabalho da Câmara nos últimos anos, o de mostrar e levar ao empresariado nacional a visitar os países, conhecer as potencialidades de fazer negócios". Sarkis diz que em todas as empresas filiadas à Câmara o volume de negócios aumenta a cada ano.

Portanto, para o empresário, a reunião entre árabes e sul-americanos que se realiza até amanhã (11) será, "sem dúvida", um marco para os dois blocos. "Pelo número de chefes de Estados e representantes do primeiro escalão, e empresários nas delegações, podemos avaliar que os árabes dão uma importância significativa ao evento", destaca Sarkis.