Empresários dão nota 3,5 à eficiência gerencial do governo, diz pesquisa

25/04/2005 - 19h10

São Paulo, 25/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - A eficiência gerencial do governo federal ganhou nota 3,5, em uma escala até 10, em pesquisa realizada pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 150 empresários em São Paulo. O Índice Lide-FGV foi apresentado durante almoço nesta segunda-feira ao ministro Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República.

Para Gushiken, a crítica é importante pois vem de setores representativos. Ele questionou, no entanto, os parâmetros de avaliação usados: "A empresa privada, quando olha para a questão de gerenciamento, foca muito das ferramentas de gestão. Acontece que quando o Estado e o governo são analisados do ponto de vista de sua eficiência, além de ferramentas de gestão é preciso analisar gasto público e a capacidade do Estado de aprimorar as instituições."

O governo federal, segundo o ministro, trabalha para "localizar em algumas áreas importantes medidas de gestão para que as despesas não tenham a evolução que estão tendo". Como exemplo, citou a ação do ministro da Previdência, Romero Jucá, para conter o crescimento exagerado da concessão de auxílio-doença. "Nitidamente há um problema aí. Desde 2001, esse benefício vem tendo uma aceleração que é anormal. Há um problema de gestão nesse campo e o ministro vai atacar isto de frente", assegurou.

Na pesquisa, chamada de Clima Empresarial, 64% dos entrevistados disseram acreditar que seus negócios estão melhores que em 2004; 39%, que a situação é a mesma do ano passado; e 7% acham que está pior. O resultado mostra um crescimento no otimismo do empresariado: há 10 dias, 17% achavam que os negócios estavam piores que em 2004 e 16% pensavam em demitir – agora, apenas 6% manifestam intenção de dispensar trabalhadores. Já 34% prevêem contratações e para 76% dos entrevistados, a carga tributária é o principal fator que impede o crescimento de seus negócios.