Projeto Soldado-Cidadão vai formar mais 30 mil jovens em 2005

23/02/2005 - 14h13

Saulo Moreno
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O projeto Soldado-Cidadão, desenvolvido pelo Exército, quer formar este ano mais 30 mil jovens. Executado em parceira com as instituições do Sistema "S" (Senai, Senac, Sesi, Sesc, Sest/Senat e Sebrae), o programa oferece 102 cursos em diversas áreas.

Nesta quarta-feira, o vice-presidente José Alencar e sete ministros visitaram o 32º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), em Brasília, para conhecerem os princípios do programa.

No ano passado, outros 27 mil jovens passaram pelo projeto e os que tiveram melhor aproveitamento ficaram cadastrados em um banco de empregos.

Durante a visita, o Comandante do Exército, General Albuquerque, apresentou a Alencar e aos ministros Tarso Genro (Educação), Ricardo Berzoini (Emprego), Waldir Pires (Corregedoria Geral da União), Ciro Gomes (Integração Nacional), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente) e José Fristch (Pesca) técnicas baratas para construção de casas, escolas, postos de saúde e cisternas.

Um dos exemplos de construção apresentados foi a técnica Super-Adobe, que utiliza sacos plásticos e terra úmida na montagem da estrutura depois rebocada com argamassa de cimento e areia. De concepção milenar, o Super-Adobe é resistente a terremotos e tem características térmicas que mantêm a temperatura ambiente.

"Técnicas como esta, com um custo muito econômico e forma sólida, precisam ser multiplicadas pelo Brasil. O jovem que participar de um projeto como o Soldado-Cidadão, além de profissional, vai sair daqui como o comportamento de um cidadão brasileiro, com altivez", afirmou o vice presidente.

O ministro da Integração Nacional disse que já existe intercâmbio entre sua pasta e o Exército para oferecer cursos voltados a comunidades de baixa renda no meio rural. "Essa parte de recursos hídricos, de energia solar, caprinocultura e culturas alternativas, como minhocas e escargots, são possibilidades de renda que podem se agregar a uma economia hostil no semi-árido", avaliou Ciro Gomes.