Jorge Machado
Repórter da Agência Brasil
Rio - A Polícia Federal vai auxiliar nas investigações do assassinato do ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro Filho, de 59 anos. Na manhã desta quarta-feira (23), agentes da PF estiveram na delegacia da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e deverão ir à Reserva Biológica de Tinguá para ouvir os funcionários.
A Polícia Federal entrou no caso após o pedido da superintendência do Ibama no Rio de Janeiro. O diretor-executivo do órgão no Rio, Edson Bedim, afirmou que é preciso dar garantias de vida aos funcionários federais que trabalham na reserva. O secretário estadual de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, determinou prioridade e rigor nas investigações.
Dionísio foi morto ontem à noite numa das trilhas da reserva, com um tiro de escopeta calibre 12 que o atingiu na cabeça. De acordo com o agente de defesa ambiental do Ibama Márcio Castro das Mercês, o ambientalista vinha recebendo ameaças de morte por causa de sua ações de combate à caça e ao extrativismo naquela região.
O ecologista Dionísio Júlio foi um dos responsáveis pela criação da reserva e participava da organização não-governamental Grupo de Defesa da Natureza. Até o fim da manhã, não estavam definidos hora e local do sepultamento do ambientalista. O corpo dele permanece no Instituo Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu.