Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio - Para 71% das empresas ouvidas pela pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação – Quesitos Especiais, realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), não existe risco de esgotamento da capacidade instalada do setor industrial em um prazo de pelo menos um ano.
Ouvidas 599 empresas, apenas 9% acreditam em um eventual esgotamento da capacidade instalada, este ano, caso a demanda por produtos industriais continue crescendo no ritmo atual. Outros 20% crêem neste esgotamento em um prazo superior a um ano, enquanto 71% descartaram a hipótese para qualquer período de tempo.
Para 50% das empresas que afastaram a possibilidade de esgotamento da capacidade produtiva da indústria no curto e no médio prazo, isto não ocorrerá em razão de investimentos na ampliação da capacidade produtiva, enquanto outros 20% lembraram da existência de ociosidade de fatores produtivos em alguns segmentos.
Das empresas consultadas 58% dizem que à carga tributária continua a ser o principal fator indutor da limitação do crescimento sustentado do país, resultado que chega a ser 2 pontos percentuais superior ao da pesquisa de 2004. Para outros 23%, porém, as altas taxas de juros foram o fator de limitação do crescimento sustentado; seguida do fator infra-estrutura deficiente, apontado por 10% das empresas, um salto em relação aos 4% da pesquisa de 2004.