Empresas pré-selecionadas para Crédito Solidário têm prazo para apresentar projetos à Caixa

23/02/2005 - 18h32

Débora Barbosa
Da Agência Brasil

Brasília - As 812 cooperativas ou associações habitacionais pré-selecionadas no Programa de Crédito Solidário, do Ministério das Cidades, têm prazo até 31 de março para apresentar projeto técnico-social na Caixa Econômica Federal. O programa poderá contemplar cerca de 45 mil famílias neste ano. A informação é do Ministério das Cidades.

A pré-seleção foi feita no ano passado. O próximo passo será a análise feita pela Caixa Econômica Federal, que leva em média 30 dias, contados a partir da data de entrada da proposta. "Depois dessa aprovação, a cooperativa terá que apresentar sua demanda e receberá os recursos para começar a construir, ou seja, para começar as obras", explicou o gerente de Projetos da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades, Daniel Nolasco.

Segundo Nolasco, as cooperativas ou associações são selecionadas pelas experiências anteriores que atendam a maior população de baixa renda, parcerias com prefeituras e governo de estado. Além disso, participações em conselhos municipal e estadual de habitação também contribuem para a seleção.

O Programa Crédito Solidário, destinado a famílias organizadas em cooperativas ou associações habitacionais, serve para aquisição de terreno e construção, compra de material de construção e reforma e ampliação de unidade habitacional, com prioridade em áreas metropolitanas. Cada família tem acesso a crédito de, no máximo, R$ 20 mil. O prazo para pagamento é de até 20 anos.

"É um projeto de financiamento que cabe no bolso brasileiro, porque é o primeiro projeto de financiamento habitacional do país sem juros. O que será exigido pela Caixa Econômica Federal é uma renda de até cinco salários mínimos. Não precisa apresentar contracheque. Assim, o sorveteiro ou a cabeleireira, por exemplo, poderá pegar esse financiamento", destacou Daniel Nolasco.

O Crédito Solidário ainda pode ter a parceria de estados, municípios e empresas privadas. De acordo com Daniel Nolasco, os governos estadual e municipal ficam fora da parte de seleção, porém têm papel fundamental na parceria com as cooperativas. "As prefeituras estão dando apoio técnico, muitas estão doando terreno, porque assim barateia até o custo habitacional. Em Belo Horizonte, por exemplo, o prefeito adotou todas as 500 famílias que vão ser contempladas, doando terreno ou dando infra-estrutura", disse Nolasco, em entrevista à Rádio Nacional AM.

Quem tiver interesse deve procurar uma cooperativa ou associação selecionada pelo Ministério das Cidades no município onde reside. Outras informações podem ser obtidas na página do Ministério, no endereço www.cidades.gov.br.