Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio - A taxa de desemprego entre os jovens é uma das altas e os salário pagos a esses trabalhadores são os mais baixos do país. Os dados são de uma pesquisa do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em parceria com a Gelre, uma empresa especializada em Relações Humanas no Trabalho. Foram ouvidos 17,2 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, que representam 21,7% do total das pessoas ocupadas no país.

O objetivo da pesquisa foi avaliar a evolução dos jovens no mercado de trabalho, de 1993 a 2003, partindo do nível de escolaridade e chegando até a média salarial. Os estudos mostraram que a taxa de desemprego entre os que têm 18 a 24 anos foi de 18% em 2003. Revelaram também que, dos jovens empregados, 14% ganham até meio salário mínimo e 40% ganham até um salário mínimo por mês.

Para o coordenador da pesquisa, professor João Sabóia, as dificuldades econômicas, a falta de experiência e de qualificação foram os fatores que mais contribuíram para dificultar o acesso dos jovens ao mercado de trabalho. Para o professor, o ideal seria prepará-los melhor, oferecendo uma escola de mais qualidade, desde o ensino fundamental ao ensino técnico.

"À medida que os jovens entram mais tarde no mercado, você os prepara e mantém as pessoas mais velhas no emprego. Isso diminui a concorrência, reduzindo o desemprego no país", ressaltou João Sabóia. A pesquisa Os Jovens no Mercado de Trabalho no Brasil foi divulgada nesta quarta-feira e teve como base os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE).