Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Sindicalistas e empresários estão reunidos em frente ao prédio do Banco Central, na Avenida Paulista, para uma manifestação contra a possível alta na taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 18,25% ao ano. Essa alta – de 0,50 a 0,75 ponto percentual – é a aposta do mercado financeiro e pode ser anunciada no final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), previsto para o início da noite. O movimento de protesto conta também com membros de uma escola de samba.
Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas, Salomão Gawendo, o Copom deve reavaliar sua preocupação em relação à inflação. "Não se trata de uma inflação de demanda. Ela é gerada por preços que em sua maioria são administrados pelo governo", comentou.
Segundo Salomão Gawendo, a alta na taxa Selic não prejudica em um primeiro momento o pequeno lojista, que dificilmente recorre aos bancos para obtenção de recursos. "Ele é afetado a partir do momento em que o consumidor tem dificuldades em fazer suas compras, no momento de obter crédito para quitar o produto que muitas vezes é pago em prestações. O varejo depende do emprego e da renda do trabalhador", disse.