Luthianna Hollenbach
Da Agência Brasil
Brasília - Quatro instituições ligadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) receberam hoje o IV Prêmio Professor Galba de Araújo, criado em 1998 como reconhecimento ao incentivo às mulheres para a opção pelo parto normal e à humanização da assistência obstétrica e neonatal.
O ministro interino da Saúde, Antônio Alves, entregou o prêmio aos representantes da Maternidade Professor Bandeira Filho, de Recife (PE); do Hospital de Caridade São Pedro D'Alcântara, de Goiânia (GO); da Casa de Maria - Hospital Geral Santa Marcelina, de São Paulo (SP); e da Maternidade Darcy Vargas, de Joinville (SC). Cada uma das instituições receberá R$ 30 mil para incrementar ações em favor do parto humanizado. Com menção honrosa foram premiadas a Unidade Mista das Quintas, de Natal (RN), e a Maternidade Maria Barbosa, do Hospital Universitário Clemente de Faria, de Montes Claros (MG).
Na solenidade de premiação, com a presença da ministra Nilcéia Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, o filho do professor Galba de Araújo, José, destacou o reconhecimento ao trabalho do pai e a promoção "cada vez maior, no país inteiro, de melhores condições para a mulher e a criança na hora do parto".
O ministro interino da Saúde reiterou que a meta do governo é "construir um sistema para que um dia o reconhecimento seja geral". No dia 8 de março do ano passado, foi lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta de construção do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, como ação de Estado e prioridade de governo. A meta até 2006 é reduzir em 15% os atuais índices de mortes de mulheres e de bebês com até 28 dias de vida. Em 2002, as estatísticas registravam morte de 2 mil mulheres e mais de 38 mil crianças nessa faixa de idade, por complicações na gravidez, no parto e no pós-parto, e também em decorrência de abortos.