Liésio Pereira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, defende mudanças no Conselho Monetário Nacional (CMN) para alterar as bases da "política de juros conservadora adotada pelo Copom [Comitê de Política Monetária]". Em nota divulgada à imprensa, Marinho afirma que a CUT - diante da nova elevação de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) - convocará entidades empresariais, centrais sindicais e acadêmicos para lançar uma campanha pela mudança na composição do CMN.
"Ele é o órgão normativo máximo do sistema financeiro - superior ao Banco Central e ao próprio Comitê de Política Monetária (Copom) - e é responsável pela definição de metas de inflação, taxas de juros de longo prazo e diretrizes gerais de crédito", explicou.
A CUT propõe ampliar o CMN à participação de representantes dos setores produtivos, "inclusive trabalhadores", uma vez que Conselho atualmente é composto apenas pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente do Banco Central. "Sua ampliação é a única maneira de tornar efetiva mudanças na política de juros e permitir que o país adote um novo rumo para garantir o seu desenvolvimento", observou.
O presidente da CUT dará entrevista amanhã (17), às 13h30, na sede da entidade, para detalhar a campanha, que deverá ser lançada em quinze dias.