Liésio Pereira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio) acredita que a nova elevação da taxa básica de juros (Selic), anunciada há pouco pelo Comitê de Política Monetária (Copom), deverá provocar aumento de impostos.
Em nota divulgada à imprensa, o presidente da Fecomércio, Abram Szajman, afirma não ser possível o crescimento continuado "se a sociedade está sendo sufocada por juros mais altos, acompanhados de mais tributos a pagar. Isso reduz as possibilidades de geração de emprego e renda".
O presidente da Fecomércio sugere, na nota, que o governo precisa, "com urgência", diminuir os juros e iniciar um programa de reforma da máquina administrativa, "para reduzir seus gastos". Ele exemplifica calculando que, para cada aumento de 0,5 ponto percentual na Selic, o custo da dívida pública cresce R$ 5 bilhões, "o que equivale a 25% da arrecadação total da CPMF, por exemplo".
"Desta forma, a elevação dos juros amplia os compromissos financeiros do governo, o que acaba exigindo também mais impostos. É um círculo vicioso que precisa ser interrompido", destaca Szajman.