Brasília, 16/2/2005 (Agência Brasil - ABr) - A indústria e a agricultura apontam para números positivos de geração de emprego em 2005, segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini. Ao apresentar o resultado do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) para o mês de janeiro, Berzoini disse que a oferta de empregos não tem sido afetada pela elevação na taxa básica de juros nem pela apreciação cambial. Mas ressalvou que a médio ou longo prazo o mercado de trabalho poderá ser afetado por esses fatores.
Apesar da alta na taxa Selic desde setembro de 2004, comentou, os juros ao consumidor estão caindo porque há oferta de oferta de crédito. Na opinião do ministro, a criação de empregos poderá ser impulsionada, também, por investimentos com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em obras de saneamento e construção civil.
O Caged aponta aumento de 15% na geração de empregos, em relação a janeiro de 2004, com a criação de 115.972 postos de trabalho formal. Nos últimos 12 meses, o total é de 1,539 milhão de postos. O comportamento favorável envolveu todos os setores, com destaque para o de serviços (mais 54,5 mil empregos) e a indústria de transformação (mais 32,8 mil).
Houve expansão no nível de emprego em todas as grandes regiões – no Sudeste, foram 65,6 mil novos postos e no Sul, 36,8 mil. Entre os estados, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais registraram os mais altos índices. Berzoini destacou ainda que o crescimento do número de empregos em nível nacional esteve próximo do índice registrado nas regiões metropolitanas.