Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O crescimento de 5,4% do PIB de janeiro a setembro deste ano é reflexo das reformas macroecoômicas promovidas pelo governo federal, na avaliação José Márcio Camargo, sócio-diretor da Tendências Consultoria e professor do Departamento de Economia da PUC-RJ. Ele chama atenção para o forte crescimento da indústria da construção civil – 4,1% nos primeiros nove meses do ano. "Provavelmente, este crescimento já é uma reação à mudança regulatória realizada neste ano, com a criação do patrimônio de afetação e outras medidas que reduziram a incerteza no setor", avalia.
Outro aspecto destacado por Camargo é a alta nos investimentos privados. "Quanto maior o grau de utilização da capacidade produtiva, maior o nível de investimentos", analisa. Segundo o consultor, a continuação das reformas microeconômicas é um fator fundamental para que a trajetória de crescimento seja sustentável no futuro. Neste sentido, aponta como temas prioritários a Lei de Falências, a reforma infraconstitucional do Judiciário, a reforma sindical e trabalhista e a definição dos marcos regulatórios da infra-estrutura.