Palocci diz que não abre mão de rigor fiscal em troca de investimento de curto prazo

30/11/2004 - 13h42

Daniel Lima e Bruno Bocchini
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje que não vai abrir mão do rigor fiscal em troca de investimentos de curto prazo. Ele disse que está convencido de que o controle das contas públicas tem grande responsabilidade nos resultados positivos que governo e a economia vêm obtendo.

"Não abro mão dessa visão até que me provem o contrário. As críticas que são feitas ao esforço fiscal do governo me parecem críticas de muitos anos atrás. O Brasil já caiu na tentação diversas vezes de relaxar o seu comportamento fiscal e o resultado obtido, ou foi ruim ou foi péssimo, nunca foi bom", disse.

O ministro lemboru, no entanto, que o rigor fiscal não deve prejudicar o investimento. "Nós devemos fazer com que o esforço fiscal não tenha como variável o investimento. Nós temos que tratar dos gastos do governo sempre em busca da melhora desses gastos com investimentos em infra-estrutura, por exemplo", afirmou. Ele garantiu que os investimentos no setor vão ser cada vez maiores, embora não sejam ainda o que gostaria.

O ministro também fez questão de deixar claro que o governo não pretende trocar o esforço fiscal por investimento de curto prazo. "Esse é um erro que o Brasil já cometeu centenas de vezes. Impossível não cometer erros na nossa área, mas eu gostaria de só cometer erros novos", destacou.

Palocci enfatizou que o controle fiscal é uma questão muito "tranqüila" dentro do governo. "O presidente Lula, que é quem comanda a política fiscal, tem um comportamento absolutamente tranqüilo sobre essa questão", disse.