Boletim de Aids 2004 revela dados sobre sífilis congênita

30/11/2004 - 12h41

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Divulgado hoje, o Boletim Epidemiológico de Aids 2004 apresenta, pela primeira vez, dados sobre sífilis congênita. De janeiro a junho deste ano, foram 2.221 casos da doença em bebês, uma incidência de 0,7 casos a cada mil nascidos vivos. Depois da Aids a sífilis é a doença sexualmente trasmissível mais perigosa.

Segundo o coordenador do Programa Nacional de DST/Aids, Pedro Chequer, o objetivo de divulgar dados sobre a sífilis no boletim é dar destaque a esta outra doença sexualmente transmissível. Sem tratamento, a gestante que estiver com sífilis tem 40% de chance de perder o bebê. Corre o risco ainda de ter um filho com surdez, má formação óssea ou problemas neurológicos.

O boletim revela que a maioria dos casos de sífilis ocorre em mulheres entre 20 e 29 anos, tendo sido a doença diagnosticada durante o pré-natal. Se os números da sífilis se mantiverem no segundo semestre, 2004 terminará com ligeira queda dos índices em relação a 2003, quando foram registradas 4.607 ocorrências congênitas (incidência de 1,5 casos a cada mil nascidos vivos).