Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que telefonou hoje a Henrique Meirelles para sugerir que o presidente do Banco Central compareça à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, na segundo semana de agosto, para esclarecer denúncias publicadas na revista Istoé. Segundo Suplicy, o presidente do BC não retornou a ligação. Suplicy disse que os senadores não pretendem convocar Meirelles a comparecer à Comissão.
Para ele, a iniciativa deve partir do próprio presidente do Banco Central. Suplicy informou que já conversou com o presidente da CAE, senador Ramez Tebet, (PMDB-MT), sobre a possibilidade de Meirelles comparecer à Comissão. "O senador Tebet disse que, se esta for iniciativa dele, será durante uma sessão não deliberativa da CAE para que os senadores possam formular suas perguntas", ressaltou Suplicy.
Ele também defende o comparecimento do presidente do Banco do Brasil à CAE para esclarecer denúncias feitas pela mesma revista, na edição que chegou hoje às bancas. Suplicy ressaltou, entretanto, que não vai comentar as denúncias envolvendo o presidente do Banco do Brasil, sem antes ouvir a defesa de Casseb. "Eu não posso fazer qualquer julgamento de valor antes de dar oportunidade a ele se defender", ressaltou.
O líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio (AM), disse que espera uma solução do governo para as denúncias até a próxima terça-feira (3). "Se, até terça-feira, não estiver tudo resolvido, vamos ter que pedir da tribuna que eles deixem o cargo", afirmou.
Sobre a compra de ingressos pelo Banco do Brasil para um show da dupla sertaneja Zezé de Camargo e Luciano, em Brasília, Suplicy disse que isso "doeu em sua alma". "A minha recomendação à direção do partido foi corrigir. Não doeu só na alma. Dá dor de barriga uma coisa dessas", afirmou. O Banco do Brasil comprou 70 ingressos para o show que a dupla sertaneja realizou no dia 13 de julho, em Brasília. O objetivo do evento era arrecadar recursos para a construção de uma nova sede do Partido dos Trabalhadores, mas os recursos acabaram sendo devolvidos ao Banco.