Brasília, 30/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Para a professora da faculdade de enfermagem da Universidade de Brasília (UnB), Jane Dytz, num país carente como o Brasil, é um privilégio ter equipes de saúde que visitem as pessoas e as vejam de forma integral, e não apenas como portadores de doenças.
"O PSF muda o modelo assistencial. Atualmente, em muitos municípios, a medicina é apenas curativa e as pessoas não têm acesso à prevenção. Se não ficam doentes, não são acompanhadas. A idéia do PSF é aproximar os serviços de saúde e a população, focalizando não apenas o indivíduo, mas toda a família no contexto em que vivem", afirma.
A partir de 2001, as equipes do PSF foram ampliadas com profissionais do programa de Saúde Bucal. A diretora do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Afra Suassuna, explica que a partir de 2003 houve um aumento de 85% no número de equipes do saúde bucal dentro do PSF.
Entre os desafios que precisam ser vencidos, Afra cita a qualificação dos profissionais que trabalham no PSF. "O maior desafio é a qualificação dos profissionais para trabalharem com esse jeito brasileiro de organizar a atenção básica. Temos um grande desafio de formar médicos generalistas no Brasil, porque nos últimos 30 anos a prioridade foi formar especialistas", explica.
Até 2006, o governo pretende aumentar para 100 milhões o número de pessoas beneficiadas e aumentar para 30 mil o número de equipes atuando em todo o país.