Pesquisador diz que comunidade amazônica quer a continuidade do LBA

30/07/2004 - 17h31

Brasília, 30/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - A comunidade amazônica quer a continuidade do programa LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia, com a liderança científica brasileira. A afirmação é do coordenador científico do LBA e pesquisador do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre.

Para dar continuidade ao experimento, que tem seu término previsto para 2006, ele diz que seriam necessários investimentos da ordem de R$ 15 milhões por ano, para a concessão de bolsas e fixação de pessoal, infra-estrutura das instituições amazônicas e custeio de aproximadamente 30 estudos.

Segundo Nobre, nos seis anos de existência do programa, foram gastos US$ 80 milhões, divididos entre o Brasil (40%), instituições norte-americanas (40%) e européias (20%). A sua continuidade passa pela rediscussão das temáticas do LBA. Em uma eventual nova etapa, seriam privilegiados os temas ligados às Dimensões Humanas da ocupação da Amazônia - área que atingiu proporções extremamente relevantes nos últimos seis anos. "Entender a dinâmica humana da ocupação é fundamental para o sucesso de qualquer política pública que se venha a adotar", afirmou Nobre.

Para o coordenador da 3ª Conferência do LBA encerrada ontem, em Brasília, Paulo Artaxo, a formação de uma massa crítica de conhecimentos que permita o estabelecimento de políticas
públicas sólidas, embasadas cientificamente é a grande contribuição do LBA à sociedade. (Ascom Inpe)