Brasília, 30/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Entender melhor os mecanismos que regem a floresta amazônica na área de hidrologia de superfície, antes de transformá-la em pastagens, é o tema de um dos estudos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Universidade de São Paulo (USP).
Algumas conclusões do levantamento foram apresentadas pelos pesquisadores Reynaldo Victoria e Alex Krutsche ontem, no último dia da 3ª Conferência Científica do LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia, em Brasília.
Segundo os cientistas, o efeito mais significativo provocado pelo desmatamento de pequenas bacias sem que seja mantida uma área de mata ciliar é a queda do nível de oxigênio dissolvido. A retirada da floresta provoca o crescimento acelerado das gramíneas nativas, devido à inexistência de barreiras (árvores) e de sombra.
A morte dessa vegetação consome oxigênio das águas, reduzindo o nível a zero, em algumas situações. Esse efeito - ainda não conclusivo se expandido em média e larga escalas - faz com que espécies que necessitam de oxigênio para sobreviver, morram ou migrem para outras regiões. (Ascom Embrapa)