Área de floresta devastada perde 50% da biodiversidade

30/07/2004 - 17h06

Brasília, 30/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - A floresta secundária, que cresce sobre uma área desmatada, jamais será igual à floresta primária, em termos de biodiversidade. A afirmação é dos
pesquisadores Eric Davidson, da Woods Hole Research Center, e Plínio Barbosa de Camargo, da Universidade de São Paulo (USP).

Eles fizeram ontem a apresentação Degradação de Pastagem, Desenvolvimento da Floresta Secundária e Produtividade da Floresta Madura: Os Nutrientes são Importantes?, no último dia da 3ª Conferência Científica do LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-
Atmosfera na Amazônia, em Brasília.

Segundo os cientistas, embora a floresta secundária tenha papel fundamental no que diz respeito aos efeitos climáticos, em termos de biodiversidade, o novo ecossistema tem até 50% menos espécies em relação ao cenário original. O tempo de recuperação da floresta depende da intensidade do uso do solo durante o período de ocupação.

Ciclos de corte e queima provocam perdas de nutrientes difíceis de reparar. Em algumas áreas desmatadas, por exemplo, há necessidade de uso de fertilizantes. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) é o responsável pelo gerenciamento do projeto LBA, enquanto o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), responde pela coordenação científica, o que inclui coordenar o trabalho de 288 instituições parceiras.